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Mostrando postagens de abril, 2021

Covid-19: demora para consultar o médico está piorando quadro dos jovens | Veja Saúde

A maioria dos casos de Covid-19 é leve e nem precisaria de assistência médica. Isolamento, repouso e muita hidratação dão conta do recado. Só que cerca de 20% das pessoas pioram e necessitam de atendimento rápido. No pior momento da pandemia e em meio a notícias de hospitais lotados e novas variantes, paira a dúvida: o que fazer, então, ao suspeitar da doença? Em linhas gerais, o importante é monitorar a evolução do quadro atentamente desde o princípio. A mortalidade entre jovens aumentou no país, e os médicos têm notado que alguns aparecem no pronto-socorro já em estado crítico. A demora na busca por ajuda é tida como uma das responsáveis por essa mudança de perfil do paciente com sintomas mais graves da Covid-19. “Algumas vezes, a pessoa chegam ao hospital já precisando de ventilação mecânica , apesar da baixa idade e da ausência de doenças crônicas”, comenta o infectologista Leonardo Weissmann, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) . Por outro lado, o atendimen

Transplante de fezes: por dentro de um método promissor | Veja Saúde

Vamos começar direto ao ponto: o transplante de fezes é a transferência de bactérias intestinais de um doador saudável com o objetivo de proporcionar benefícios à saúde do receptor. Apesar de soar estranho para muitos, a ideia por trás do procedimento remonta há milhares de anos. O primeiro registro sobre seu uso está em um dos mais antigos textos de medicina, encontrado em uma antiga tumba na China e chamado “Cinquenta e duas fórmulas de tratamento”. Estima-se que o documento tenha sido escrito em 770 a.C. O transplante fecal foi denominado ali “suco de ouro” e indicado para desintoxicação do organismo. Desde então, a transferência de fezes de um doador sadio para uma pessoa doente tem ocorrido de maneira bastante rudimentar. O primeiro trabalho descrevendo esse procedimento foi escrito em 1958 e, no Brasil, o primeiro transplante foi realizado em 2014. Hoje, a tecnologia evoluiu bastante: as fezes diluídas podem ser administradas utilizando sonda nasogástrica, mas normalmente são

Pesquisadores querem classificar Covid-19 como uma febre viral trombótica | Veja Saúde

Em um artigo publicado no periódico científico Memórias do Instituto Oswaldo Cruz , cientistas brasileiros defendem que a Covid-19 deixe de ser classificada como uma síndrome respiratória aguda grave (SRAG) para se tornar a primeira febre viral trombótica . Mas o que seria isso e qual o impacto na prática dessa eventual mudança? Atualmente, existem alguns tipos de febres virais hemorrágicas , como dengue , febre amarela, ebola e hantavirose. São todas doenças provocadas por vírus e que, em estágios mais graves, levam a sangramentos por prejudicarem a coagulação. Já a classificação sugerida para a Covid-19, ainda não atribuída a nenhuma outra infecção, seria mais ou menos o oposto disso. Ora, em casos críticos, ela favorece a coagulação excessiva, o que aumenta o risco de trombose . “A percepção era de que a infecção pelo Sars-CoV-2 gerava uma condição primariamente respiratória. Hoje sabemos que ela é muito mais do que isso”, explica o cardiologista Rubens Costa Filho, do Hospital

Família digital: o abuso de telas cobra um preço alto de todos | Veja Saúde

É um jantar típico de família . Os celulares estão apoiados sobre a mesa. Cada um possui seu próprio aparelho, que vibra de cinco em cinco segundos, chamando para algo que certamente pode esperar. O pai utiliza fones sem fio e está numa call interminável. A criança mais nova é colocada diante de um tablet – que passa Mundo de Bita ou Galinha Pintadinha – para que consiga permanecer à mesa. O filho adolescente está preocupado em terminar logo o jantar para postar uma selfie com um filtro novo no Tik Tok. Ao fundo, a televisão ligada anuncia algo no noticiário. Parece uma cena comum para você? Essa é a mais nova geração digital. Ou melhor, família digital. O fato é que nunca estivemos tão conectados com o mundo que nos cerca – as informações voam. Mas isso não é necessariamente um problema. A grande questão é o tempo que dedicamos às novas tecnologias . Pode reparar: não fazemos ideia da quantidade de horas que passamos em frente às telas. O turno de trabalho acaba e continuamos al

O vírus dos vampiros, lobisomens e zumbis | Veja Saúde

Imagine um vírus envelopado, com genoma feito de RNA, originário de morcegos e que, só este ano, já causou a morte de um número imenso de pessoas. Um vírus por trás de uma doença terrível, que faz os pacientes ficarem internados em UTIs e isolados da família e dos amigos. Pensou no coronavírus ? Não desta vez: vamos falar do vírus da raiva . Anualmente, 60 mil pessoas morrem de raiva no mundo todo e esse número pode estar cem vezes subestimado — o que daria ao redor de 6 milhões de vítimas! Mas onde estão todas essas vítimas e por que não vemos notícias sobre essa outra pandemia ? Quase todos os casos de raiva em humanos hoje ocorrem no continente africano e no subcontinente indiano , entre populações que não são atendidas de modo eficiente por programas de saúde. Além disso, as mortes são distribuídas ao longo de todo o ano, sem grupos de pessoas apresentando os sintomas simultaneamente. Alguém exposto ao vírus da raiva pode levar de um mês até um ano para desenvolver sintomas ,

Os desafios do enfrentamento do câncer no Brasil | Veja Saúde

As estimativas de incidência de câncer no Brasil falam por si só e demonstram por que esse é um dos maiores problemas de saúde pública por aqui. De acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca), entre 2020 e 2022 são esperados 625 000 casos novos da doença por ano no país. “O câncer de pele não melanoma será o mais incidente (177 000), seguido pelos cânceres de mama e próstata (66 000 cada), cólon e reto (41 000), pulmão (30 000) e estômago (21 000)”, detalha o mais recente documento elaborado pelo órgão. ¹ Se por um lado a medicina apresenta cada vez mais recursos contra os variados tipos de tumor – com tecnologia de ponta para flagrar as células malignas e medicamentos inovadores capazes de conter a sua proliferação –, por outro são notórias as barreiras quando se trata de garantirmos um diagnóstico precoce, tratamentos efetivos e acompanhamento adequado dos casos. “Temos muitos desafios pela frente, que começam na necessidade de melhorar estratégias de prevenção, como a ampliaçã

Atividade física ligada ao trabalho pode fazer mal à saúde cardiovascular | Veja Saúde

Um longo estudo dinamarquês , publicado recentemente no European Heart Journal , chegou a conclusões que parecem paradoxais: enquanto a atividade física realizada em períodos de lazer foi associada a um menor risco de problemas cardiovasculares e morte, a feita durante o trabalho acabou ligada a uma maior probabilidade desses desfechos negativos . Vamos entender o levantamento e seus resultados. A pesquisa foi conduzida com 104 046 voluntários entre 20 e 100 anos. Os participantes responderam questionários sobre o que faziam nos horários de lazer e de trabalho. A frequência de atividade física de cada um foi classificada entre baixa, moderada, alta ou muito alta. Ao longo de dez anos, 9 846 participantes morreram (9,5% do total) por causas diversas. Os pesquisadores também registraram eventos cardiovasculares graves em 7 913 pessoas (7,6%). Eles incluem infartos e AVCs fatais e não fatais. Os cientistas contemplaram ainda questões como idade, sexo, estilo de vida, condições de saú