Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2021

Ômicron: descoberta precoce ajuda na prevenção e adaptação de vacinas | Veja Saúde

Imagem
Pouco se sabe ainda sobre a variante Ômicron do coronavírus , identificada há poucos dias, na África do Sul. Cientistas trabalham 24 horas para descobrir o mais importante: se ela pode escapar das vacinas . Enquanto não temos certeza sobre seu real perigo, a imunização e os protocolos de prevenção devem ser mantidos em todo o mundo. Fazer mais testes e também sequenciamento genético de novos casos estão entre os apelos da Organização Mundial da Saúde (OMS) . No Brasil, a vacinação caminha bem e é aliada, mas como não há país com índices de vacinação semelhantes ao nosso, especialistas não conseguem prever como a Ômicron vai se comportar por aqui. Os dois primeiros casos em nosso país foram relatados pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Trata-se de um casal que veio da África do Sul para o Brasil há onze dias. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), novas análises serão realizadas. Entenda os detalhes já conhecidos sobre a Ômicron: Origem e destino: o

Nossa batalha contra a AME e o sonho de um sistema de saúde melhor | Veja Saúde

Imagem
Somos de Ananindeua, uma cidade na região metropolitana de Belém do Pará. Nossa filha, Laura, foi diagnosticada com atrofia muscular espinhal (AME) tipo 1 aos seis meses de vida. Mas nossa luta não começou aí. Antes do diagnóstico, o acompanhamento no posto de saúde já andava bem complicado, agravado pelo precário sistema de saúde e pela Covid-19 e o lockdown. Motivos não faltavam para o posto cancelar consultas e adiar atendimentos. Na maioria das vezes, eles levavam mais de 60 dias para serem agendados. Não tínhamos, assim, um acompanhamento mensal, não podendo acompanhar da maneira mais adequada os marcos do desenvolvimento da minha filha. Mas algo começou a chamar a minha atenção. Era o fato de a Laura apresentar muitas secreções aos 2 meses de vida. Procuramos um hospital público de Belém, mas o pediatra se recusava a atender crianças que não apresentavam febre ou vômitos, porque as equipes de saúde estavam mobilizadas para casos de urgência e emergência. A conduta ficou a c

Índice glicêmico: na montanha-russa do açúcar | Veja Saúde

Há temas, no universo da nutrição, que parecem seguir o movimento de um carrossel. Eles vão e vêm de tempos em tempos, ainda mais se o assunto girar em torno de peso, dieta e ingredientes como o açúcar . Com o índice glicêmico, o IG , tem sido assim. Entre idas e vindas, críticas e defesas, essa medida da velocidade com que o corpo transforma em glicose um alimento já esteve atrelada a regimes da moda, mas não perdeu seu alicerce científico. O conceito, para continuarmos nas metáforas do parque de diversões, remete a uma montanha-russa, com as subidas e descidas dos níveis de açúcar no sangue. Afinal, o IG é uma classificação criada para mensurar o efeito de itens ricos em carboidratos (de frutas a doces) na glicemia. Tem tudo a ver com o ritmo de entrada das moléculas de glicose geradas pela digestão nas nossas células. Se isso for ligeiro, o IG é alto. É vagaroso? O número é baixo. De modo geral, produtos refinados, feitos de farinha branca, caem no primeiro grupo. No segundo, e

Anunciaram a cura de um homem com diabetes, mas… | Veja Saúde

Em 29 de junho de 2021, um homem de 64 anos com diabetes tipo 1 recebeu nos Estados Unidos um implante de células produtoras de insulina que mudaria sua vida. Convivendo com a doença há longos anos, ele sofria com os altos e baixos da glicose no sangue como se fosse uma montanha-russa. Em alguns dias, tinha crises gravíssimas de hipoglicemia , quando os níveis de açúcar caem tanto que a pessoa pode até perder a consciência, intercaladas com grandes picos de glicose. O diabetes tipo 1 representa cerca de 5% de todos os casos de diabetes no mundo e é considerado uma doença autoimune . Ou seja, o sistema imunológico ataca as células produtoras de insulina lá no pâncreas como se elas fossem inimigas. Com isso, o órgão para de fabricar o hormônio que permite à glicose entrar nas células e o indivíduo precisa aplicar insulina várias vezes ao dia para sobreviver, sem contar os cuidados com a alimentação , a atividade física e o acompanhamento médico. + LEIA TAMBÉM: Diabetes: inovações

Risco de surto: sarampo é altamente transmissível e não tem tratamento | Veja Saúde

Um alerta global foi divulgado recentemente pela Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre o risco de um surto de sarampo . Um dos motivos é que a pandemia do coronavírus dificultou a vacinação de crianças menores. Segundo a entidade, no ano passado mais de 22 milhões dos pequenos perderam a primeira dose da vacina – três milhões a mais que em 2019. A OMS detectou surtos locais e entende que provavelmente ocorreram mais mortes por causa da doença do que se sabe, já que os diagnósticos podem ter sido prejudicados pelos quadros de Covid-19. Vale lembrar que o Brasil já vinha apresentando casos de sarampo antes do período de isolamento devido à pandemia. A doença gera muita preocupação porque é altamente transmissível e não tem tratamento. Em 2016, o quadro chegou a ser erradicado por aqui – ganhamos até um certificado da OMS por esse feito. Mas a comemoração durou pouco. Em dois anos, o sarampo voltou. Até março deste ano, o Brasil já tinha quase 10 mil casos , sendo que a doença

O novo cerco à dengue | Veja Saúde

Imagem
Ela é um dos tormentos da saúde pública brasileira, se agravou na última década e, apesar de ter aparecido muito menos no noticiário por causa do coronavírus , continuou aprontando pelo país. Segundo o Ministério da Saúde , os dois anos com mais casos de dengue registrados por aqui foram, respectivamente, 2015 e 2019, com mais de 1,5 milhão de episódios estimados cada um. Mesmo sendo alvo de campanhas de conscientização todo verão , ainda que a doença dê as caras nos 12 meses, o combate ao Aedes aegypti , mosquito que transmite o vírus entre nós, sofreu um duro baque na pandemia. Com os esforços destinados à Covid-19, o antigo inimigo ficou em segundo plano, seguiu fazendo vítimas e, agora, com a vacinação freando o coronavírus e as pessoas ensaiando um retorno à normalidade, especialistas temem que a dengue volte com tudo em 2022. “Os picos epidêmicos acontecem de três a cinco anos, então era esperada uma redução em 2020 e 2021. Só que houve subnotificação dos casos devido à ate

Prevenir transtornos mentais pode evitar evasão escolar e repetência | Veja Saúde

Pelo menos dez a cada cem meninas que estavam fora da série escolar adequada para sua idade poderiam ter acompanhado a turma se transtornos mentais , principalmente os externalizantes (como déficit de atenção e hiperatividade ), fossem prevenidos ou tratados. O impacto negativo dessas condições mentais também se reflete na repetência: cinco em cada cem alunas não teriam reprovado. Para meninos, seriam prevenidos 5,3% dos casos de distorção idade-série e 4,8% das reprovações. Esses resultados foram revelados em uma pesquisa inovadora , liderada por um grupo de cientistas brasileiros e britânicos e publicada na revista Epidemiology and Psychiatric Sciences . Os pesquisadores buscaram estimar o peso e o impacto de diferentes tipos de condições psiquiátricas nos resultados educacionais, usando como base dados de 2014. Concluíram, em linhas gerais, que os transtornos externalizantes tiveram efeitos negativos mais amplos e robustos sobre a educação quando comparados a psicopatias ligadas

O relógio da cárie: o momento em que as bactérias atacam os dentes | Veja Saúde

A cárie dental ainda é um dos problemas bucais mais comuns. Ela não escolhe idade, mas aparece em qualquer pessoa que lhe deixar o ambiente propício, com acúmulo de alimentos entre os dentes e ausência de higiene bucal . E é mais séria do que muita gente imagina: a falta de tratamento pode levar à perda dentária , situação ainda frequente na população brasileira. De acordo com a última Pesquisa Nacional em Saúde, realizada pelo IBGE , 11% da população brasileira perdeu todos os dentes e 33% necessita de alguma prótese dentária. Um dos motivos é justamente a cárie. Esses dados preocupantes apontam para uma ineficiência nos cuidados bucais adotados pelos cidadãos. É um problema que começa cedo: seis a cada dez crianças de até 5 anos por aqui têm pelo menos um dente cariado. Entre os adolescentes , a média é de seis dentes, subindo para 20 entre os adultos. A cárie é considerada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) uma doença crônica, desigualmente distribuída, com forte ônus e