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Mostrando postagens de junho, 2022

Biomarcadores personalizariam o tratamento de tumores de cabeça e pescoço | Veja Saúde

Um grupo que reúne pesquisadores do Brasil e de Portugal desvendou as alterações moleculares que indicam a resistência de tumores de cabeça e pescoço ao cetuximab, uma das poucas terapias aprovadas para esse tipo de câncer. Cerca de 60% dos pacientes não respondem bem ao tratamento. Com os resultados, publicados na revista Cells , espera-se que os médicos possam em breve prever quais pacientes responderão ou não ao tratamento, considerado de alto custo. Baseados nos dados, os pesquisadores sugerem ainda testar combinações do cetuximab com outros fármacos, a fim de reverter a resistência ao agente. “O tratamento para os tumores de cabeça e pescoço tem evoluído relativamente pouco e envolve ainda basicamente cirurgia, radioterapia e quimioterapia. O cetuximab é revolucionário, por ser uma terapia específica para um receptor celular bastante alterado nesses tumores, conhecido pela sigla EGFR”, explica Rui Manuel Reis , pesquisador do Hospital de Amor – anteriormente conhecido como

O que é a síndrome do túnel do carpo? | Veja Saúde

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Apesar de não oferecer grandes riscos à saúde, a síndrome do túnel do carpo pode ser bem incômoda. Entre os sintomas, formigamento, dores nos dedos e até a dificuldade de realizar alguns movimentos com a mão. Descubra como ela acontece e o que pode ser feito a respeito: 1. A raiz do problema Tudo começa com uma compressão do nervo mediano , um dos principais das mãos. Responsável pela sensibilidade dos dedos polegar, indicador, médio e parte do anelar, ele passa pelo punho sob o ligamento carpal e por uma estrutura conhecida como túnel do carpo , palavra grega para pulso. 2. Aperto no túnel Os sintomas acontecem quando o espaço de passagem fica menor do que o normal e o nervo é fisicamente comprimido . Pode ser, por exemplo, pelo acúmulo de líquidos típico da gestação, por uma inflamação no tendão, por um trauma ou ainda por predisposição genética. <span class="hidden">–</span> Ilustração: Rodrigo Damati / Foto: Nature - Getty Images/SAÚDE é Vital 3. C

O que a contagem de calorias pode esconder | Veja Saúde

Emagrecer é matemática pura: você precisa comer menos do que gasta em termos de energia. Mas emagrecer com saúde é algo mais complexo, e não se restringe a contar calorias . Quando não olhamos para a composição de nutrientes no cardápio, nosso equilíbrio metabólico pode ir pelos ares. O emagrecimento requer que, pelo menos por um tempo, entremos no que se chama déficit calórico . Para saber quanto o corpo gasta de energia, existe um cálculo que leva em consideração peso, idade e altura e determina a taxa metabólica basal, isto é, quanto o organismo consome de energia em repouso. Hoje há aplicativos de celular que fazem a conta pela gente. Até aí, nenhuma novidade, basta contar as calorias das refeições. Mas você pode estar em déficit calórico montando um prato de 300 calorias com salada e uma fonte magra de proteína ou devorando um algodão doce, com as mesmas 300 calorias. O número é o mesmo, mas o efeito metabólico , não. + LEIA TAMBÉM: As dietas regionais que estão na moda. Vale

Como as healthtechs já fazem a diferença na saúde dos brasileiros | Veja Saúde

Inteligência artificial, telemedicina, 5G, internet das coisas, saúde 5.0, open health… Todos esses conceitos estão na mesa do setor de saúde (re)desenhando o presente e o futuro na forma como cuidamos do nosso bem-estar. A transição digital impôs mudanças no comportamento social, assim como contribuiu para o avanço e a ampliação do acesso às novas tecnologias, tornando-se fundamental para o planejamento sustentável do ecossistema de saúde brasileiro. Nesse contexto, as healthtechs – pequenas empresas inovadoras que atuam na área– têm um papel essencial na busca de soluções eficazes para o mercado e os pacientes, aprimorando a interface entre as instituições e os usuários, endereçando necessidades não atendidas e permitindo criar um sistema de saúde mais inclusivo e eficiente. As novas tecnologias oferecidas pelas startups têm tudo para propiciar uma medicina mais preventiva, preditiva e personalizada . Um levantamento do segmento feito pela Liga Ventures, aceleradora de startups

O cardápio afasta a pressão alta na gravidez? | Veja Saúde

A pré-eclâmpsia é uma condição marcada pelo aumento preocupante da pressão arterial na gestação . O quadro pode ser assintomático e acarretar prejuízos sérios para mães e bebês — de aborto espontâneo a parto prematuro . Procurando estratégias para prevenir o problema, um estudo com mulheres chinesas publicado no British Journal of Nutrition descobriu que a alimentação pode ajudar . +Leia Também:  A dieta parceira da gravidez Dietas com alto teor de vegetais e bom volume de proteínas foram associadas a uma redução no risco de pré-eclâmpsia . A pesquisa também analisou se a quantidade de sal ou açúcar poderia influenciar esse desfecho, mas o curioso é que não encontrou nenhuma relação significativa. Compartilhe essa matéria via: WhatsAPP Telegram Relacionadas Família Radar da saúde: gravidez não planejada ainda é regra no Brasil 9 mar 2022 - 10h03 Alimentação Indonésia, nórdica, mediterrânea… O mapa-múndi das dietas 17 jun 2022 - 12h06 Alimentação O impacto

Doutor, como é mesmo o nome do meu câncer? | Veja Saúde

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O filósofo Aristóteles (384 a.C.-322 a.C) começou a classificar os seres vivos, dividindo as espécies em animais e plantas. Depois os animais foram divididos segundo o critério de onde viviam: terrestres, aéreos, aquáticos e anfíbios. Desde então, não paramos de subdividir as coisas e esse hábito nos ajuda a reconhecer, entender e tomar decisões. Na medicina como um todo, e na oncologia e na patologia especificamente, cientistas ficaram famosos por classificar e subdividir tumores e reconhecer subgrupos da doença. Assim nasceram o sarcoma de Ewing, tumor de Klatskin, o tumor de Wilms… Só de ler esses nomes, os especialistas atualizados já sabem muito sobre como eles se apresentam, em que idade os tumores são comuns, localização do corpo, sinais e sintomas, velocidade de crescimento, qual o benefício de usar este ou aquele tratamento, a sobrevida esperada etc. Mas há exceções que se comportam diferente do esperado. Bem, nesses casos, os profissionais se reúnem, investigam, debatem

Entrevista: como conter bactérias multirresistentes geradas pela pecuária | Veja Saúde

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Sabia que o tratamento cruel aos animais de criação está relacionado ao risco do aumento de bactérias resistentes a antibióticos? Pode ser difícil compreender essa conexão a princípio, mas ela existe – e fica clara no minidocumentário “Bactérias Multirresistentes: Uma Ameaça Invisível” , disponível no YouTube e produzido pela organização Proteção Animal Mundial . “A necessidade de produzir carne de baixo custo e em larga escala fez a indústria submeter os animais a práticas não sustentáveis, como confinamento em pequenos espaços. Com isso, a imunidade dos animais é desafiada. Para que eles não fiquem doentes, os produtores usam antibióticos de forma preventiva”, diz Daniel Cruz, veterinário e coordenador de bem-estar animal da Proteção Animal Mundial . “E há outra parte da indústria que usa os antibióticos como promotores de crescimento”, completa, em entrevista exclusiva que concedeu para VEJA SAÚDE no lançamento do minidocumentário – confira o bate-papo mais abaixo. O minidocument

Conheça a cirurgia genital afirmativa de gênero, ou de redesignação sexual | Veja Saúde

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O 28 de junho marca o Dia do Orgulho LGBTQIA+ em todo o mundo. E eu gostaria de aproveitar a data para esclarecer sobre a cirurgia genital afirmativa de gênero, ou redesignação sexual , que ainda é cercada de tabus. Esse procedimento existe para adequar os órgãos genitais do sexo biológico do indivíduo ao gênero pelo qual ele se identifica. Nem todas as pessoas trans optam por fazer a cirurgia: aproximadamente 70% das mulheres trans e 35% dos homens trans decidem se submeter a ela. O tema é tão carregado de preconceito que muitos não sabem que, desde 2008, são oferecidos no SUS procedimentos ambulatoriais e cirurgias para pacientes que queiram fazer a redesignação sexual. De acordo com o Ministério da Saúde , cinco hospitais do SUS estão habilitados para realizar essas cirurgias e três unidades fazem acompanhamento em crianças e adolescentes de 3 a 17 anos. Os procedimentos também podem ser feitos na saúde privada. É importante ter o cuidado de procurar um especialista em reconstru

Um remédio para alopecia areata | Veja Saúde

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Cientistas da Universidade Yale, nos Estados Unidos, divulgaram os resultados de uma pesquisa feita com o baricitinibe , medicamento da Lilly, em portadores de alopecia areata , doença que faz os cabelos (e outros pelos) caírem aos montes. Mais de 1,2 mil voluntários participaram do ensaio, que comparou a droga a um placebo (simulação de fármaco sem princípio ativo). Ao final, um terço dos que tomaram a dose mais alta do remédio viu o cabelo crescer quase todo de volta. Compartilhe essa matéria via: WhatsAPP Telegram A justificativa é a origem desse tipo de alopecia: uma resposta anormal do sistema imune, que passa a ver o cabelo como ameaça. “O baricitinibe desliga um processo inflamatório importante nessa reação”, explica a médica Fabiane Brenner, coordenadora do Departamento de Cabelos e Unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) . + Leia também:   O que a queda de cabelo pode dizer sobre sua saúde O achado é positivo, mas a nova indicação no Brasil depende de an

Enquete: qual é o maior desafio da menopausa? | Veja Saúde

Os fogachos são só a ponta de um iceberg de problemas que aparece na menopausa , mas muita mulher ainda sofre sozinha. Na reportagem de capa da última edição , tiramos o climatério do armário e oferecemos dicas para lidar melhor com essa etapa da vida. Mas e você, o que mais incomoda na menopausa? Responda nossa enquete e veja o que outras internautas dizem sobre o assunto: Carregando…

Tomar leite diariamente pode proteger o coração, sugere estudo | Veja Saúde

Pesquisadores da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) notaram que o consumo de cerca de um copo de leite de vaca por dia pode reduzir o risco de mortes por doenças cardiovasculares.  O trabalho usou dados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA Brasil) , investigação que acompanha 15 mil brasileiros de todo país, com questionários e exames periódicos. Isso permite uma visão de longo prazo sobre a prevalência de doenças e os hábitos de vida que influenciam o funcionamento do corpo.  Nesse recorte específico, foram incluídos 6,6 mil participantes que não tinham doenças cardíacas no início da coleta de dados. O consumo da categoria foi avaliado por meio de questionário, e classificado em grupos distintos: laticínios totais (leite e seus derivados, do queijo ao sorvete), subgrupos com alto e baixo teor de gordura e somente leite.  Compartilhe essa matéria via: WhatsAPP Telegram Os pesquisadores então avaliaram o estado de saúde dessas pessoas, em um período de 8 a

Diabetes e herpes-zóster: do controle da glicose à vacinação | Veja Saúde

Muitas pessoas entendem que, se os níveis de glicose não forem bem controlados , o diabetes podem provocar sequelas no longo prazo, como infarto do coração, derrame cerebral, insuficiência renal crônica, insuficiência cardíaca, cegueira etc. Mas você sabia que o diabetes favorece doenças infecciosas?  Isso mesmo: o aumento crônico da glicose faz com que o sistema imunológico fique lento e as defesas, frágeis. Daí a maior ocorrência de gripe, pneumonia , infecções de pele… e também de herpes-zóster , uma doença que ganhou notoriedade recentemente por causa do cantor Justin Bieber .  Estudos mostram que pessoas com diabetes acima de 65 anos têm um risco 3 vezes maior de ter zóster. Nos adultos abaixo dessa faixa etária, o risco fica em cerca de 1,5 a 2 vezes.  Além disso, o diabetes eleva a probabilidade de a dor surgir nos locais das lesões por zóster, mesmo após elas desaparecerem (é a chamada neuralgia pós-herpética).  +Leia também:  Covid aumenta risco de desenvolver diabetes o

Como a telemedicina ajuda crianças com viroses respiratórias | Veja Saúde

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A pandemia virou o mundo de cabeça para baixo. Nos fez observar a fragilidade do sistema de saúde e o que a falta de conhecimento da população pode gerar: filas de espera nos prontos-socorros, prescrição de exames e medicamentos sem evidência científica, notícias falsas, medo disseminado sobre vacinação, entre outros. Dois anos depois, aparentemente o pior ficou para trás. Mas o que muitos não sabem é que, todos os anos, vivemos nesta época um surto de vírus respiratórios que causam bronquiolite nas crianças menores de 3 anos . Elas estão morrendo nas filas de espera dos hospitais, sofrendo por falta de atendimento adequado. O Sabará Hospital Infantil , por exemplo, relatou que, de 1º de janeiro a 15 de maio, foram 6 536 suspeitas de infecções de vias aéreas e 747 crianças com bronquiolite atendidas no pronto-socorro. O rhinovírus, o vírus sincicial respiratório e o metapneumovírus foram os identificados com maior frequência. Além disso, nas últimas semanas, os casos positivos par

Radar da saúde: expansão de startups em meio à regulação da telemedicina | Veja Saúde

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Autorizada em regime provisório no início da pandemia de Covid-19 , finalmente a telemedicina é regularizada de vez no Brasil com uma nova resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) e a iminente aprovação de uma lei pelos poderes Legislativo e Executivo. A oficialização tem como pano de fundo um movimento de crescimento de pequenas empresas voltadas a atendimentos a distância e serviços de saúde digital . Segundo levantamento da Associação Brasileira de Startups , há 215 healthtechs ativas no país, 45% delas fundadas entre 2019 e 2021 e 52% sediadas no Sudeste. Entre elas, 16,7% se dedicam à telemedicina. Com a anuência definitiva do CFM, os profissionais poderão fazer a primeira consulta também virtualmente (o que era vetado antes) e atender pessoas de outras regiões. Além do sistema privado, alguns municípios e estados já possuem programas de assistência remota pelo SUS. + LEIA TAMBÉM: O que muda com a nova resolução da telemedicina no Brasil? <span class="hidd