Ferida que não cicatriza é um perigo, mas tem tratamento | Veja Saúde

Todo ferimento agudo ou crônico, relacionado a condições como úlcera venosa, pé diabético ou lesão por pressão, requer atenção médica. Quando essas feridas não são tratadas de forma adequada, podem evoluir para situações mais complexas e causar danos irreversíveis, como uma amputação.

A verdade é que tratar o problema vai além da cicatrização. É preciso realizar uma investigação apurada da causa e das comorbidades associadas que contribuem para a piora ou o surgimento de novas lesões.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) relata que lesões desse tipo são a quinta principal causa de morte no mundo. Apesar disso, a condição ainda é subnotificada. Estudos mostram que, anualmente, 29% das pessoas que estão em tratamento, especialmente domiciliar, necessitam de cuidados específicos para que uma ferida não se agrave ou não apareça.

Já um levantamento da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revela que, dos mais de 134 mil incidentes notificados, 17% corresponderam a lesões por pressão no período de 2014 a 2017.

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O que acontece é que muitos pacientes desconhecem tratamentos especializados e, por isso, se conformam em conviver com o problema e a não buscar ajuda. No entanto, é possível fazer com que um paciente que enfrenta a condição por décadas consiga cicatrizar uma ferida em poucos meses.

O tratamento eficiente de uma ferida depende de um protocolo de atenção personalizado, que envolve a avaliação correta de necessidades do paciente, o controle das comorbidades, a otimização da nutrição e a aplicação de coberturas que oferecem resultados superiores, como os curativos de alta tecnologia, procedimentos de limpeza e desbridamento da ferida.

É um trabalho em conjunto que permite o melhor desfecho para o paciente. E é nesse contexto que chegam ao país metodologias capazes de curar esses pacientes, como um serviço especializado em tratar feridas dentro de um novo modelo assistencial. Já realizado em toda a América Latina, ele prevê um tratamento abreviado por meio de uma avaliação integral e um protocolo de cuidados individualizado e efetivo.

Na prática, além de representar uma evidente melhora em qualidade de vida para esses pacientes e seus familiares, a nova forma de tratar permite a reinserção desse indivíduo na sociedade. Está na hora de curar as feridas para seguir novos caminhos, só que, dessa vez, sem complicações nem dores.

* Thiago Villari é cirurgião vascular e médico responsável técnico da Clínica ConvaCare

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