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Mostrando postagens de janeiro, 2021

Como as lideranças podem cuidar da saúde mental dos seus colaboradores | Veja Saúde

A saúde mental nunca esteve tão em alta. Após um ano marcado pela maior crise sanitária do século, vimos crescer consideravelmente a procura por soluções completas para suprir não só o cuidado com a saúde física, mas, principalmente, com a mental e a emocional. Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) mostram que o Brasil é o país com o maior número de pessoas ansiosas no planeta. Estamos falando de 9,3% da população, o equivalente a mais de 18 milhões de brasileiros que convivem com a ansiedade . Infelizmente, falar sobre saúde mental ainda é um tabu, especialmente no ambiente corporativo que, muitas vezes, é marcado por pressões, estresse, sobrecarga e insegurança. E o isolamento social, acompanhado das incertezas econômicas, trouxe diversos impactos negativos nesse sentido. Uma pesquisa do International Stress Management Association (ISMA) revelou que nove em cada dez brasileiros no mercado de trabalho apresentaram sintomas de ansiedade e 47% deles tiveram sinais de depres

Afinal, seria o coronavírus capaz de curar o câncer? | Veja Saúde

Um estudo de caso publicado recentemente pelo periódico científico British Journal of Hematology chamou a atenção da comunidade médica e do público em geral por relatar a dupla cura de um paciente oncológico contaminado pela Covid-19 . Segundo o artigo, um homem de 61 anos diagnosticado com linfoma de Hodgkin , um tipo de câncer hematológico que se origina no sistema linfático, deixou de apresentar sinais da doença após um período de internação para tratar o novo coronavírus. O relato aponta que o paciente havia descoberto o tumor hematológico em estágio avançado. Mas, antes mesmo de receber as medicações específicas para combater o câncer , ele testou positivo para o Sars-CoV-2. O artigo detalha que, por conta de sintomas respiratórios (falta de ar e pneumonia) , o homem precisou permanecer no hospital por 11 dias, tratando exclusivamente a Covid-19. Recuperado, ele passou por novos exames relacionados ao linfoma, até para definir a estratégia terapêutica. Contudo, os resultados de

Coronavírus: faz sentido usar máscaras N95/PFF2 por causa das mutações? | Veja Saúde

Com as notícias de que variantes do novo coronavírus podem ser mais transmissíveis, Alemanha, Áustria e França passaram a recomendar máscaras de uso profissional ao público em geral. Os dois primeiros países agora exigem o equivalente à nossa PFF2 (também conhecida como N95) no transporte público e em comércios. Já o governo francês sugeriu a adoção das máscaras cirúrgicas descartáveis ou das feitas de pano, porém industrializadas. “ A forma de transmissão da Covid-19 não mudou , mas agora temos mutações que podem fazer com que uma pequena quantidade de vírus provoque a infecção”, aponta o engenheiro biomédico Vitor Mori, pós-doutorando em medicina e membro do Observatório Covid-19 BR . O objetivo de preferir modelos reforçados é justamente evitar ao máximo o contato com as partículas virais que viajam na respiração, mesmo de indivíduos assintomáticos ou pouco doentes . Mas a recomendação de produtos do tipo para a população em geral não é uma unanimidade. A Agência Nacional de Vi

A ordem de vacinação contra Covid-19 no Brasil e os grupos prioritários | Veja Saúde

O Ministério da Saúde publicou um comunicado sobre o Plano Nacional de Operacionalização da Vacina contra a Covid-19 . Há uma lista de grupos de pessoas que poderão tomar as doses da campanha nacional de vacinação contra o coronavírus — eles estão em ordem de prioridade: Pessoas com 60 anos ou mais institucionalizadas Pessoas com deficiência institucionalizadas Povos indígenas vivendo em terras indígenas Trabalhadores de saúde Pessoas de 80 anos ou mais Pessoas de 75 a 79 anos Povos e comunidades tradicionais ribeirinhas Povos e comunidades tradicionais quilombolas Pessoas de 70 a 74 anos Pessoas de 65 a 69 anos Pessoas de 60 a 64 anos Indivíduos com comorbidades (doenças que favorecem o agravamento da Covid-19) Pessoas com deficiência permanente grave Pessoas em situação de rua População privada de liberdade Funcionários do sistema de privação de liberdade Trabalhadores da educação do Ensino Básico Trabalhadores da educação do Ensino Superior Forças de segurança e

Um caminho de cores e dores por trás da transição de gênero | Veja Saúde

Estima-se que a população de pessoas trans no mundo fique em torno de 0,1 a 2%. Mas o que seria a incongruência de gênero e qual a diferença para orientação sexual? Como acontece o processo de transição de gênero? Quais são os cuidados necessários e como estamos atendendo as pessoas trans? Saber as respostas para perguntas como essas é importante para todos os brasileiros. Aproveitando o Dia Nacional da Visibilidade Trans (29 de janeiro), vou abordá-las por aqui. A incongruência de gênero ocorre quando um indivíduo não se identifica com o gênero pelo qual foi determinado ao nascimento. Já a orientação sexual é representada pelo afeto, ou atração física, que uma pessoa sente pela outra, independentemente do gênero. A partir do momento que se reconhece a incongruência de gênero, inicia-se uma longa caminhada, em geral cheia de obstáculos. Um dos maiores desafios é a carência na oferta de ambientes especializados no atendimento a pessoas trans. Idealmente, essa assistência deveria s

Atividade física ajuda a controlar até casos moderados e graves de asma | Veja Saúde

Os resultados de uma pesquisa da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo estão fazendo os especialistas olharem para a relação entre asma e atividades físicas sob uma perspectiva diferente. Normalmente, o sedentarismo é visto como uma consequência da doença, já que os esportes costumam ser evitados por asmáticos que temem sofrer com falta de ar durante o esforço. Mas um o estudo conduzido pelo fisioterapeuta e profissional de educação física Celso Carvalho, pesquisador da área há mais de 20 anos, aponta justamente o contrário: o imobilismo eleva o risco das crises de asma . Estamos falando de uma doença crônica que, mesmo quando tratada com remédios adequados, pode manifestar sintomas em certas situações. “Esse estudo mostra que, além da medicação, outros fatores são importantes para amenizar os sintomas e evitar as crises”, explica Carvalho. O estudo avaliou 300 pacientes do Brasil e da Austrália com versões moderadas ou graves da enfermidade. Todos recebiam tratamento

É possível engordar perdendo peso e emagrecer ganhando peso | Veja Saúde

Pra entender este título, você antes deve compreender como a água é distribuída no nosso organismo. Aproximadamente 70% do corpo é composto desse líquido. E a água se apresenta em maior proporção nos músculos. Um elemento essencial para o alojamento dela na musculatura é a nossa reserva de carboidratos . Para estocar um grama de carboidrato nos músculos (ou no coração e no fígado), são necessários mais ou menos três gramas de água. Possuímos, em média, um quilo de carboidratos no corpo, que são guardados junto com três quilos de água. E agora chegamos ao meu ponto: toda a vez que fazemos privações radicais de alimentos contendo carboidratos, reduziremos essa reserva de carboidrato rapidamente — e aí a água vai embora junto, gerando uma súbita perda de peso. Agora eu pergunto a você: eliminar carboidrato, músculo e água é eliminar gordura ? Não, né. Pronto, agora entendemos que a privação de carboidratos na nossa alimentação promoverá perda de de massa magra, não de massa gorda. Port

Risco de morte por Covid-19 seria menor em pessoas que já tiveram dengue | Veja Saúde

Um estudo brasileiro publicado no Clinical Infectious Diseases  sugere que pessoas contaminas pelo novo coronavírus (Sars-CoV-2) correm menos risco de morrer por Covid-19 se já tiverem enfrentado a dengue em algum momento da vida. A pesquisa foi realizada pelas universidades federais do Acre (UFAC) e do Paraná (UFPR) e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) , em parceria com a Universidade Harvard , nos Estados Unidos. Os cientistas analisaram 2 351 indivíduos no estado do Acre diagnosticados com o coronavírus entre 17 de março e 26 de agosto de 2020. Eles entraram em contato por telefone para coletar informações de cada um dos participantes por três vezes: nos primeiros dias, após um mês e 60 dias depois da detecção da Covid-19. No caso dos pacientes que vieram a óbito durante o período, os pesquisadores conversavam com um familiar. Durante as ligações, 1 177 pessoas (50%) relataram infecção anterior de dengue causada pelo mosquito Aedes aegypti . Além disso, foram i

Cuidados bucais em tempos de coronavírus | Veja Saúde

Escovar os dentes e usar fio dental são as formas mais eficientes de evitar as doenças da boca, como cárie e problemas de gengiva, sendo os enxaguatórios bucais possíveis coadjuvantes no controle e prevenção desses males. Mas os enxaguantes antissépticos chegaram a se destacar durante a pandemia porque surgiram teorias de que eles poderiam eliminar o novo coronavírus da saliva . Atenção: nenhum desses produtos foi testado — em pesquisas clínicas reconhecidas pela ciência — especificamente para essa finalidade. A discussão acerca do uso dos enxaguantes como forma de prevenção do coronavírus começou com a publicação da opinião de um grupo de profissionais chineses, logo no início da pandemia. O documento apontou que um bochecho pré-procedimento odontológico com peróxido de hidrogênio a 1% seria capaz de diminuir a carga viral da saliva. Posteriormente, a mídia divulgou que, na Universidade de Cardiff, no Reino Unido, havia “sinais promissores” de que os bochechos com enxaguatórios com

Tem novo gato na família: como lidar? | Veja Saúde

Os gatos são bem territorialistas, por isso patrulham e querem proteger seus espaços. “Quando introduzimos um novo bichinho em casa, a reação natural do residente é identificar o recém-chegado como uma ameaça”, explica a veterinária Juliana Damasceno, especialista em comportamento felino do grupo Petz/Seres . As reações, tanto de um quanto de outro, vão desde se esconder, mostrar os dentes, vocalizar agressivamente com miados e rosnados, até agredir com patadas e mordidas. “Mas filhotes e adultos jovens costumam ser mais abertos a interações”, diz Juliana. Já os gatos idosos merecem uma atenção especial. “O estresse da situação pode afetar a saúde física e emocional do animal mais velho”, avisa. Bem-vindo, bichano A adaptação tem que ser gradual e varia caso a caso, mas algumas dicas viabilizam a aceitação: Espaço próprio: Prepare um cômodo com água, comida e caixa de areia só para o novo morador. Reforço positivo: Ofereça agrados ao residente para simbolizar que o “intruso” tr

O podcast que traz uma visão ampla (e rica) sobre a alimentação | Veja Saúde

“Olhando para o mundo pelas lentes da comida”. É com essa frase que a nutricionista Elaine de Azevedo dá início aos episódios de seu podcast Panela de Impressão , hospedado na plataforma Spotify. Faz todo o sentido, já que ela aborda muito mais do que nutrientes, calorias e estilos de dietas. Essa, aliás, nunca foi a praia de Elaine, que tem mestrado em agroecossitemas e doutorado em sociologia. “Eu me interesso basicamente pelo aspecto cultural da alimentação”, comenta. Como esse viés não é tratado com profundidade no curso de nutrição nem no de ciências sociais, Elaine, que é professora universitária, começou a ficar inquieta e meio desanimada. “Eu não estava conseguindo comunicar tudo aquilo que estudo, que faz parte da minha atuação como pesquisadora”, conta. Fora isso, todo o material que ela escreve é direcionado a veículos especializados, que têm uma linguagem pouco acessível para quem não é da área. Motivada por esses dois fatores, ela decidiu que seu projeto durante a pandem

Atividade física não interfere na evolução de casos graves de Covid-19 | Veja Saúde

Estudos recentes sugerem que a prática regular de exercícios físicos pode estar associada à redução de hospitalização por Covid-19 . No entanto, para indivíduos que desenvolvem a forma grave da doença , a proteção deixa de funcionar, não resultando em diferenças no tempo de internação, na necessidade de ventilação mecânica ou de tratamento intensivo. Foi o que mostrou uma pesquisa com 209 pacientes com Covid-19 grave atendidos no Hospital das Clínicas (HC) da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FM-USP) e no Hospital de Campanha do Ibirapuera , na capital paulista. “Esse estudo serve como um sinal amarelo para a população que se exercita com regularidade e, por isso, acredita estar totalmente protegida. Não encontramos diferença de prognóstico e desfecho da doença entre os pacientes graves mais ou menos ativos. Isso mostra que os benefícios da atividade física existem, mas aparentemente vão só até um ponto”, afirma Bruno Gualano, professor da FM-USP e autor do estudo.